quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

BRISBANE

"Brisbane, capital of Queensland, is a big, modern city set on the Brisbane River."


Aterrámos pelas 6h15 mas só nos fizemos às ruas eram quase 10h. Passámos pelo hotel (Brisbane International Windsor) só para deixar a bagagem e seguimos pela avenida principal até ao centro.

Ainda não tinham passado 5 minutos quando parámos numa passadeira e demos de caras com uma aranha e respetiva teia, GIGANTES.
Este foi o nosso primeiro encontro com os tão falados e temidos animais australianos (potencialmente) perigosos. Parecíamos um bando de turistas chineses enquanto fotografávamos a pobre criatura, sempre receosos que esta se lembrasse de entrar numa missão que nos tivesse como alvo.

Depois desta excitação inicial, continuamos a caminhada de 40 minutos até ao centro. Foi uma forma de poupar dinheiro e conhecer as redondezas e acabou por se tornar uma surpresa agradável. Demos com uma garagem cheia de murais grafitados. 

Só depois de entrarmos é que percebemos que estávamos a invadir uma propriedade privada mas a proprietária foi super querida e disse que o sitio não era uma garagem mas sim uma galeria e que estávamos convidados para voltar na sexta-feira para uma festa em que as paredes iam ser regrafitadas. Agradecemos imenso o convite mas não contamos estar por estes lados nessa altura.

Houve surpresas não tão agradáveis pelo caminho. O Pedro ia entrando numa street fight com um drogado que disse que ele lhe tinha entornado café em cima. O Pedro nem lhe tinha tocado, por isso o que quer que seja que ele tivesse andado a tomar, estava a bater-lhe forte.
Fomos guiados por um velhinho (mais tempo do que esperávamos). Chegámos a um ponto em que não sabíamos se ele nos estava a acompanhar ou se, por mero acaso, estava a ir para o mesmo sitio que nós. 
Por entre essas dúvidas todas, fomos apreciando a dinâmica da cidade que tem um ar de centro financeiro, cheio de arranha-céus e edifícios (que, na minha opinião, e dadas as dimensões, pertencem a empresas com impacto no mundo).
Chegámos à beira-rio e depois de um passeio rápido, almoçamos numa esplanada com vista para o rio. A escolha (Chur Burger) foi excelente pela localização (esplanada em cima do rio), pelo preço (hamburger + batatas-fritas + bebida = 16AUD = 10,19€) e pelo prato em si, que estava excelente!


Depois de trocarmos o dinheiro que precisávamos para dólares australianos, decidimos ir visitar o outro lado do rio. Apanhámos um City Hopper e passamos para a outra margem, numa zona chamada South Bank.
(créditos para a Madalena pela fotografia)
À chegada demos logo de caras com um pequeno lago e jardim de homenagem a Confúcio. 
"It does not matter how slowly you go so long as you do not stop."
Depois de uma inspeção detalhada do lago, em busca de libelinhas azuis, seguimos pela ciclovia junto ao rio que nos levou a uma espécie de piscinas/praias artificiais municipais onde os locais aproveitavam para apanhar sol.
Aí decidimos parar porque o afinal o jet lag não é mito e precisávamos de repor os níveis de cafeína (no meu caso) e de álcool (no caso do Pedro).
Foi nessa paragem que eu bebi o café mais caro da minha vida... 4 dólares australianos por um expresso o que equivale a sensivelmente 2,55 euros. Até a cerveja do Pedro foi mais barata! Uma imperial por 3,5 dólares (=2,19 euros), o que ainda é caro! O café foi tão caro que até me caiu mal, mas histórias tristes não faço questão de registar.

Decidimos continuar a seguir o passeio junto ao rio e fomos dar a um complexo gigante de museus e a uma roda gigante, que depois descobrimos serem o Queensland Museum, a GOMA (Queensland Gallery of Modern Art), a State Library of Queensland e The Wheel of Queensland.
The Wheel of Queensland

Conseguimos ver o primeiro museu todo. Misturava história natural, herança cultural e ciência nos 4 pisos.



Depois fizemos uma pausa demasiado longa para café o que nos custou a visita ao GOMA que fechava mesmo em cima da hora em que entrámos. Só deu para ver umas três salas. Cada uma mais incrível que a outra.


Depois disto tudo já estávamos a morrer de cansaço e voltamos para o hotel de barco e táxi o mais rápido que conseguimos.

Os meus companheiros de viagem adormeceram e acordaram intermitentemente entre as 20h e as 23h. O Pedro acordou com fome e fomos ao McDonald's ao outro lado da rua (que consegue ser simultaneamente mais barato e mais caro que em Portugal - 3 chicken nuggets a 1,75€ e 1 Big Mac a 4,32€) buscar o nosso jantar.

Estivemos a (tentar) delinear um plano para o dia de amanhã e a arranjar uma forma de não gastarmos 70€ para chegarmos à Gold Coast. Segundo consta, eles lá conseguiram enquanto eu tomava banho porque quando voltei já estavam todos a dormir.

Estou a acabar de escrever e a definir sítios para visitar amanhã enquanto o sono não chega.

Estou constantemente a relembrar-me que estou na Austrália porque ainda não parece real. Talvez quando for fazer mergulho na barreira de coral me caia a realidade em cima.

Volto quando tiver novidades da Gold Coast para contar.

J

P.S. A minha intenção não era, de todo, publicar textos desta extensão, mas sinto que estou a viver cada pormenor com tanta intensidade que será uma pena se um dia mais tarde não me lembrar deles. 

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