domingo, 13 de março de 2016

Fim-de-semana #1 - Dunedin


O meu primeiro fim-de-semana (completo) na Nova Zelândia, foi bastante relaxado e espontâneo.

Depois de uma semana épica a terminar com um pôr-do-sol incrível, foi tempo de festejar uma última vez antes de começarmos as aulas, mas também de recuperar dos excessos da semana anterior e aproveitar para conhecer a cidade.


Passei a tarde de sábado toda fora de casa a vaguear pelas ruas com duas amigas do complexo, a Evie (UK) e a Caroline (EUA).

Em caminho para o centro da cidade, passámos por uma farmácia a oferecer granizado e não recusámos. Parece que por aqui há sempre algo gratuito para visitar, participar ou receber.


Começámos por visitar o centro comercial, que eu já tinha espreitado durante a semana, para fazer compras para nossa casa, que nos foi entregue um pouco despida.

Almoçámos por lá. Eu mantive-me fiel ao Subway e a Evie acompanhou-me. A Caroline que é vegetariana achou melhor prevenir e por isso já tinha almoçado por casa.

Satisfeitas, encaminhámo-nos para o Octagon que é a rotunda/praça central e principal de Dunedin. Também já lá tinha passado, mas desta vez a rua que atravessa o "octógono" estava fechada para um pequeno campeonato regional de basquetebol 3x3.





É também por aqui que se encontra o teatro mais conhecido da cidade (Regent), o cinema e alguns bares e discotecas (que eu ainda não tive oportunidade de visitar).


Seguimos para o Queens Garden e passámos pela estação de comboio que segue o estilo dos edifícios mais antigos da faculdade. Mesmo ao lado há um museu e um jardim chinês que estão na minha lista de passeios para realizar brevemente.

Queens Garden

Queens Garden

Entrada do jardim chinês
Estação de comboios
De regresso ao centro passámos pela primeira igreja de Otago. 



Fizemos a minha enésima visita ao supermercado (juro que há sempre coisas que ficam por comprar) e voltámos para casa.

No caminho fiz algumas paragens. As ruas da cidade estão cheias de pinturas e graffitis que eu não consigo evitar fotografar. Descobri recentemente que existe mesmo uma rota com cerca de 25 murais espalhados pela cidade, que eu deverei realizar muito em breve.

Este nem é dos mais giros...
Noite de sábado aqui é sinónimo de beber e sair de casa.

Na deste fim-de-semana, eu e os meus amigos do complexo fomos para outro complexo no final da nossa rua (com o triplo do tamanho do nosso, muito mais moderno e com aparência mais recente) onde acontecia um concerto e uma after party.

Mesmo ao fim de uma semana em que fui/soube a/de várias festas não consegui deixar de ficar impressionada pela proporção que estas tomam. Toda a gente abre os seus flats e as pessoas circulam pelo jardim mas também pelo interior das casas. Desde que percebi a dinâmica que deixo sempre a porta do meu quarto trancada, ainda que, e já tendo andado muitas vezes na rua à noite (sozinha e acompanhada), nunca me tenha sentido em perigo, não gosto de deixar os meus pertences abandonados à sua sorte.

As pessoas podem perder um pouco a cabeça com o consumo de álcool mas é impressionante como nunca deixam de se preocupar em reciclar e ser socialmente responsáveis. As ruas estão sempre limpas!

A calma do dia de domingo contrastou com a azáfama da noite anterior. Em nossa casa foi dia de limpezas e de tratar da roupa suja. Eu já acumulava toda a roupa de verão que usei na Austrália e uma semana de Nova Zelândia por isso pus mãos à obra.

A minha falta de experiência nas lides domésticas ficou clara quando confundi a máquina de secar com a de lavar. (Para minha própria defesa, a máquina de secar de cá tem o tambor redondo como a minha máquina de lavar em casa e a de lavar é como se vê em filmes/séries americanos/as com tampa em cima).

A de cima é a de secar e a de baixo a de lavar.
Descobrir onde pôr o detergente também foi interessante...

Durante a tarde voltei a ir ao supermercado, mas desta vez só para acompanhar a Caroline que ia fazer compras maiores. Em vez de ir ao supermercado central a que estava acostumada fomos ao que fica na direção oposta, mais à saída da cidade. O caminho para o mesmo, feito pelo Jardim Botânico, além de mais rápido é muito mais pitoresco e agradável.



Ao final da tarde aventurei-me pela primeira vez numa ida ao ginásio (que é gratuito para estudantes da universidade) e fica no estádio da equipa de rugby local, os Highlanders.

Campo que fica em caminho do ginásio e onde decorreram as atividades do Sports Day


Entrada do ginásio/centro recreativo a que eles chamam Unipol
Como odeio salas de musculação e/ou cardio fui a uma aula de grupo (Pump) na esperança de encontrar um ambiente parecido com as que frequentava em casa.

As saudades que me deram da Quinta da Marinha... A aula estava pelas costuras! Não me dei ao trabalho de contar mas apostava em cerca de 50 raparigas a fazer agastamentos e a levantar pesos.
Um ponto positivo foi definitivamente a intensidade. Além de todas levantarem cargas muito superiores às que estava habituada em casa, o ritmo também me pareceu mais acelerado (mas eu não via um ginásio há 3 semanas por isso a percepção pode ter sido algo deturpada pela minha fraca condição física).


No final decidi investir no estilo de vida saudável e inscrevi-me para o programa das aulas de grupo por 65NZD(=42,25€) pelo semestre inteiro.

Voltei a casa, morta de cansaço e pronta para uma longa noite de sono antes do meu primeiro dia de aulas. Mesmo assim, não consegui deixar de estranhar o silêncio que invadiu as ruas e senti falta da música alta e da confusão das noites anteriores.



26, 27 e 28 de Fev

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