terça-feira, 1 de novembro de 2016

Home is calling

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Quase 150 dias depois, a última chamada repete-se mas desta vez com um destino bastante conhecido e acarinhado.
Se há 5 meses o cenários era de mil dúvidas e incertezas, sinto que agora não tenho assim tão mais garantias. Tive a oportunidade de me cruzar com muitos viajantes que estiveram longos períodos longe de casa e muitos concordaram que voltar para casa não os enche; que chegam e ao fim de algumas semanas tudo parece igual e a vontade de partir volta a assombra-los. Ainda não cheguei, mas regresso com vontade e por isso não sei se me junto a esse grupo de inconformados que gosta de viver sem morada e de mochila às costas. Neste momento sinto que tudo em casa até pode continuar igual; tudo, menos eu. Eu não volto igual e essa certeza para mim chega-me.

Acho que nem um texto nem um livro chegariam para explicar o que sinto que esta experiência fez mudar em mim.

Foram 4 meses e 26 dias, 15 voos, muitas cidades e muitas pessoas. Muita tinta no papel e muita na caneta (porque acabei por me desleixar e não registar tudo). Muitas chamadas, mensagens e postais (um novo vício). Muitos momentos felizes e poucos ou nenhuns de tristeza e de arrependimento (e prometo que olhando de longe estes últimos são tão insignificantes que mal se notam ou fazem sentir).

Muitas perguntas, algumas respostas e bastante inconformação. Mas não me preocupo, acho que em parte foram estes factores (entre outros) que me levaram ao outro lado do mundo e que espero que me levem a muito mais sítios. Só não digo mais longe porque penso que mais longe agora só se for à Lua.

Nos nossos antípodas já estive, agora faltam-me os outros e os antípodas dos outros.
Estão todos na lista, e eu tenho tempo.

Joana
5 de Julho de 2016

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